quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Veleidades



Tantas intenções de pouca consistência,
A ocupar a mente na sua intermitência,
Indicam vastos horizontes de felicidade,
Mas fenecem com a menor adversidade.

Outras tantas conjuminações fantasiosas,
Sobre virtualidades das mais grandiosas,
Revelam-se absolutamente irrealizáveis,
Porque são passageiras e pouco estáveis.

Porque, então, ocupam tanto momento,
Que poderia gestar um benéfico alento?
Sob uma vontade imperfeita e oscilante,
Mandam e enleiam no sonho diletante.

No entanto, o que seria da vida eficiente,
Sem as veleidades para tempo contente,
De fugir da crueza obsessiva de produzir,
O no colorido da fantasia se persuadir?

As  veleidades noslivram do foco mórbido,
De somente pensar no fanatismo sórdido,
De que somos máquinas para transformar,
Obsessões que anulam o intento de amar.

Possam, pois, as veleidades tão inúteis,
Ao lado de tantas coisas banais e fúteis,
Equilibrar muitas razões de convivência,

E ajustar a vida com bondade e decência.

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