Tantas intenções de pouca
consistência,
A ocupar a mente na sua
intermitência,
Indicam vastos horizontes de
felicidade,
Mas fenecem com a menor adversidade.
Outras tantas conjuminações
fantasiosas,
Sobre virtualidades das mais
grandiosas,
Revelam-se absolutamente
irrealizáveis,
Porque são passageiras e pouco
estáveis.
Porque, então, ocupam tanto momento,
Que poderia gestar um benéfico
alento?
Sob uma vontade imperfeita e
oscilante,
Mandam e enleiam no sonho diletante.
No entanto, o que seria da vida
eficiente,
Sem as veleidades para tempo
contente,
De fugir da crueza obsessiva de
produzir,
O no colorido da fantasia se
persuadir?
As veleidades noslivram do foco
mórbido,
De somente pensar no fanatismo
sórdido,
De que somos máquinas para transformar,
Obsessões que anulam o intento de
amar.
Possam, pois, as veleidades tão
inúteis,
Ao lado de tantas coisas banais e
fúteis,
Equilibrar muitas razões de
convivência,
E ajustar a vida com bondade e
decência.
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