quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

No reino da petulância



Disseminada em larga escala,
A petulância invade e propala,
Que os modos nada respeitosos,
Somam mais que gestos ditosos.

Na cínica e sedutora insolência,
Afirma-se o topo da irreverência,
Que age de modo vil e arrogante,
Sem a menor sutileza atenuante.

O envaidecimento leva à ousadia,
De esnobe e escancarada picardia,
De furtar e de deixar até contente,
O logrado em seu torpor padecente.

Para justificar boa e reta governança,
Encobre-se uma perfidiosa lambança,
E se mudam as regras estabelecidas,
Sem que arrogâncias sejam preteridas.

No enleio da boa vontade presumida,
Engana-se com a austeridade fingida,
Para ostentar retidão e transparência,
Sem em nada se mudar a irreverência.

A atribuição de direitos seguindo desejos,
Importa mais que os reiterados remelejos,
Dos insatisfeitos em sua agrura cotidiana,
Do quais toda delegação de poder emana.






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