quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

QUIETUDE DA PODEROSA




Longe do ópio alienante,
Da polemização distante,
O êxito do agir midiático,
Delineia mundo simpático.

Pelo novo ópio da evasão,
Vasta onda de persuasão,
Leva a apagar o dia-a-dia,
Da real miséria e carestia.

Muita fantasia atordoante,
Ocupa o lugar importante,
Da efetiva reação cultural,
E fixa a burocracia social.

Os bem produzidos heróis,
Iguais aos apagados faróis,
Não apontam na escuridão,
Rota para uma navegação.

No doce consumo cultural,
Esconde-se rota sepulcral,
Da real situação do povo,
Manipulado de jeito novo.

Sob um espetáculo irreal,
A recompensação do real,
É mal-estar que prosterna,
Com a ação que consterna.

Sonhos rápidos e fugazes,
Prenhes de bocas vorazes,
Comem rastros sonhados,
Dos programas relegados.

Sem os sonhos apelativos,
Sobram problemas antigos,
Das inércias consoladoras,
Sem as ações promissoras.


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