quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

O PODER DE NOMEAR





Já antes do manejo dos pronomes,
As crianças auferem belos nomes,
Às bonecas e aos variados animais,
                                         E se apossam como donas literais.

Adultos seguem similar patranha,
E fruem de congêneres na manha,
Delimitando-os aos objetos de uso,
Para todo e variado tipo de abuso.

Sem pensar complementariedade,
Arrogam-se larga arbitrariedade,
De sequer respeitar a mãe Terra,
Nem a seus filhos em dura guerra.

Inteligentes filhos da humanidade,
Desencadearam pérfida insanidade,
E conhecem, nomeiam e dominam,
Sem assumir o quanto incriminam.

Tratam de formas muito desiguais,
E por isso vivem arrumando rivais,
E lidam explorando a inferioridade,
Longe de assumir a larga maldade.

Ignoram que são da mesma argila,
Da qual matam o hálito que sibila;
Afogam as inaladas do bom-senso,
E incorrem num humano descenso.

Ao dominar sem responsabilidade,
Degradam a culminância da idade,
E forçam a história que se inclina,
Para uma bem desenchavida sina.




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