quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

PEDRA POLIDA





Aqui estás pedra dura,
Polida e sem ranhura,
Silenciosa e misteriosa,
Mais que vetusta idosa.

Teu enigma do tempo,
Revela o passatempo,
Na mão de braço forte,
Para gerir novo aporte.

No longínquo neolítico,
De imenso afã político,
Eras o rico instrumento,
Para ambicioso intento.

Quanto tronco lascaste,
Sem revelar o desgaste,
Está no segredo distante,
Sem mover eco ressoante.

Talvez crânios rachados,
Tenham somado legados,
Das caçadas destemidas,
E de contendas renhidas.

Espaço no mato aberto,
Deves ter visto de perto,
Mediando alimentação,
Da humana organização.

Teu formato de machado,
Despertou ao ser achado,
Olhar de ícone misterioso,
De um tempo prodigioso.

Segredos pouco revelados,
Nestes milênios passados,
Ativam larga curiosidade,
Para fruir sua sagacidade.


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