Mais que ente contraposto
ao divino,
Ele reina na cabeça de
muito cretino,
A demonizar a diferença e o
distinto,
Para assegurar o seu seguro
recinto.
No ar da superioridade do
conselho,
Fita os pobres nos níveis de
fedelho,
Para rotulá-los como seres inferiores,
Diante dos seus enlevados
pendores.
Cria barreiras duras de
preconceito,
Sem auscultar em si algum
defeito,
E compara os outros a
bichos feios,
Aprisionados aos próprios enleios.
Obriga outros à mendicância
servil,
Para destacar a sua alteza
varonil,
E maltrata similares na
ignorância,
Sem lhes dar a menor
importância.
Não admite término das
injustiças,
Pois acabaria com as largas
cobiças,
Que lhe garantem lugar
avantajado,
Asséptico do mundo pobre
relegado.
A ideia fixa e obsessiva
que lhe serve,
É a da vantagem da sua polida
verve,
Para deslocar toda a causa
da culpa,
Sobre merecedores da sua
desculpa.
Com sua opinião prévia e
superficial,
Julga tudo como onisciente
especial,
E defende a supremacia
demoníaca,
Solta na sua perversidade
maníaca.
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