quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

CEGUEIRAS AMBIENTAIS




Mais que da herança genética,
E da valiosa construção ética,
Dependemos do ar ambiental,
Com seu contágio sentimental.

Tanto o emocionar-se com dor,
Quanto alegrar-se com terror,
Forjam emoções tão variadas,
E blindam ambições alteradas.

Basta ver o politicamente certo,
Do oportunismo pífio e esperto,
A lavar consciência da mentira,
E gerando a imagem que delira.

O ambiente das manhas e vícios,
Gesta largos tipos de estrupícios,
E legitima como hiper-corretos,
Os atos indecentes e incorretos.

Assim, a mudança de agremiações,
Não muda as cegas procrastinações,
De ideais assimilados no ambiente,
Ainda que perverso e inconveniente.

Imaginar um cachaceiro inveterado,
Nos ambientes de pinguço adoidado,
Significa uma realimentação do vício,
E esperar sua mudança é desperdício.

Quando esperto indutor de cegueira,
Insiste em extrair o cisco da olheira,
Demora muito a enxergar a retidão,
E escancara sua ocultada podridão.

Manobra de poderosos alienadores,
Cega a vista dos tantos sonhadores,
E eles apenas enxergam o fanatismo,
Que os arrasta ao desumano abismo.








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