sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

A ADORAÇÃO DO PRAZER





Da incomum estimulação do prazer
Associada ao máximo de bom lazer,
Engendram-se inumeráveis normas,
Para o desempenho de boas formas.

Como vilão do máximo desempenho,
O prazer requer provas de empenho,
E causa estresse e larga degradação,
Sem chegar à mais gostosa sensação.

O auge do prazer cantado aos ventos,
Embala desejos de amplos portentos,
Sem reduzir a ansiedade e depressão,
Ampliados em cumulativa progressão.

A mobilização pelo prazer já perdido,
Na ânsia, rouba até o último gemido,
E deixa a conta do mal-estar interno,
Na dívida desconfortável de inferno.

Tanto hedonismo de máximo prazer,
Dissemina nos deprimidos do lazer,
A baixa auto-estima e a impotência,
Sem corresponder à dura exigência.

Enquanto objetos, menos pesados,
Reduzem muito os físicos enfados,
A leveza do prazer invade a mente,
E a povoa com fardo contundente:

O desempenho não pode diminuir,
Mas, deve constantemente evoluir,
E fomentar os melhores prazeres,
Tarefa dos mais perversos deveres.








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