Criado como a
instância de amparo,
Já deixou
mais que evidente e claro,
Que anda
desleixado e descuidado,
E sem o astral
para um bom legado.
Absorve do
povo a razão de existir,
Mas já está
longe de poder insistir,
Que é pai de
direitos fundamentais,
Para
assegurar os privilégios iguais.
Destituído das
antigas atribuições,
Perde-se em
burocráticas soluções,
Que não
chegam aos destinatários,
Mas agraciam
seletos mandatários.
Eivou-se de
funções sem trabalho,
Dos que miram
a renda de atalho,
E se ocupam
em tramoias ilícitas,
Sem tino
social de ações solícitas.
Na barganha
de vantagens grupais,
Mobiliza-se
diante das forças rivais,
E deixa o
povo sem lhe dar atenção,
Para poder
fruir da sua manutenção.
Na sinecura
do seu papel socializador,
Some a razão
do seu fito aglutinador,
E indica um
fim iminente da sua farsa,
Porque virou
negociata de comparsa.
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