sexta-feira, 14 de julho de 2017

Na escola do trambique



No ato de fé do sistema capitalista,
Cultiva-se o trambique como pista,
Para sempre levar rica vantagem,
E enriquecer-se com locupletagem.

O que mais importa é abarrotar-se,
Sem jamais titubear em culpar-se,
Porque é necessário ser vencedor,
E herói desvinculado da alheia dor.

Obsessão doentia por enriquecer-se,
Não se coaduna com o enternecer-se,
Porque para fartar-se com a riqueza,
Não se carece de retidão e inteireza.

Nesta escola de larga interação social,
Eleva-se a astúcia ao meio primordial,
Para garantir amealhar tanto possível,
Quanto possa alentar o fito indizível.

Saciar-se e fartar-se com exuberância,
Pressupõe uma atenção e importância,
Para fomentar muitos ingênuos passivos,
Conformados com os alienantes lenitivos.


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