Larga
busca da dimensão religiosa,
Quer só a
confirmação prodigiosa,
Do que
pressupõe ser um lenitivo,
Para amainar
seu gosto subjetivo.
Todo
diferente é rejeitado na hora,
Pois só a
confirmação que se adora,
Merece boa
consideração de valor,
E se
torna digna de honrado louvor.
Quando
alguém propõe algo novo,
Ou aponta
rumo diferente ao povo,
É
rotulado de perverso comunista,
Que
afasta o reto fiel de sua pista.
Qualquer
mudança é demonizada,
E se
escolhe a pregação desejada,
Que bem
confirme o já assimilado,
Para lhe
auferir elogios de agrado.
No
ocultamento do que questiona,
Prática
que assusta e impressiona,
Alarga-se
a religião do formalismo,
Movida
por um cego consumismo.
Longe da
tarefa de atos solidários,
Importam
milagres extraordinários,
Que
degradam qualquer conversão,
E apenas
visam subjetiva satisfação.
Na
aparente religião das vantagens,
Aumentam
as fanatizadas miragens,
Que
facilitam o êxito de malandros,
Que
logram com escusos meandros.
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