Da pouca validade da palavra dita,
Decorre um efeito de ação maldita,
Aos prognósticos bem duradouros,
Sem presságios dos maus agouros.
A provisoriedade não deixa relegar,
Que o trabalho venha a postergar,
A urgência dos atos humanitários,
Favoráveis a carentes e deficitários.
O deificado processo de acumulação,
Acelera uma doentia procrastinação,
De considerar inútil o lúdico e o
ócio,
Para obcecar pelo vantajoso negócio.
A duração tão precária e provisória,
Não se plenifica pela visão ilusória,
Da obstinada cegueira pelo capital,
Meio de desigualdade monumental.
Se o trabalho é fonte de realização,
Também se presta à escravização,
Para não almejar outra atividade,
Que alargue fruições da vontade.
Dos gestos benfazejos dos sistemas,
Da vida organizada em sub-sistemas,
Emergem indícios de reciprocidade,
Mais ricos que acúmulo à saciedade.
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