A medieval prática de correção
fraterna,
Levava a esconder a condição
subalterna,
E ocultada sob a máscara, desferia
crítica,
A mandantes desprovidos de
auto-crítica.
Na gozação e deboche, apontavam
erros,
E para não serem mandados a
desterros,
A arte de disfarçar sua voz e seus
gestos,
Ainda os desviava dos eventuais
doestos.
Nesta correção benfazeja da saúde
social,
Estabelecia-se critério bom e
exponencial,
Para lidar com os defeitos
inconscientes,
E as relações dos efeitos
inconsequentes.
Nossos dias de máscaras na
governança,
Conseguem confundir a vasta lambança,
Para corresponder a anseios
populares,
Com novos calotes e mentiras
vulgares.
As máscaras são as do perfil
gerencial,
Que se atribuem um decoro especial,
Para receber valioso voto na eleição,
E, depois, facilitar sua
procrastinação.
Ao invés do serviço da crítica
coletiva,
Deitam e rolam com êxito na
invectiva,
Que rouba a maior parte da população,
E a deixa sem acesso à farra da
fruição.
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