Nada mais humilhante e desprezível,
Do que o argumento público indizível,
Que procura abrandar grandes roubos,
Sob a falação dos pomposos arroubos.
Na sutil ironia diante do povo
sofrido,
Cooptado e acintosamente denegrido,
Atenua-se a usurpação vil e indevida,
Como a mais sensata e justa medida.
No abrandar da possessão desmedida,
Acalma-se a opinião adversa e ferida,
Com mitigação execrada e indecente,
Sem remorsos com o povo padecente.
Para desarticular os ânimos exaltados,
Amenizam o teor de atos consumados,
Como gestos de bom ato humanitário,
Sem levar em conta seu agir
salafrário.
Ao visarem alívio do perverso
praticado,
Arrostam similares indecentes do
pecado,
Que os defendem com impecável pureza,
E os enaltecem pela mais ilibada
inteireza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário