Da antiga conquista indo-européia,
Desencadeou-se a trágica epopéia,
Da autoridade para tudo desbravar,
E eliminar todo aquele que a negar.
Sublevou-se o pendor do preservar,
Tudo o que era valioso de conservar,
E nem mesmo se cultivou a riqueza,
Da mãe-terra, ornada de rara beleza.
A criação não cuidada e mal amada,
Atordoada pela agressão desandada,
Geme nas dores da invasão violenta,
Sem encontrar respeito que a alenta.
As ricas diferenças étnicas e
culturais,
São combatidas como doenças virais,
E fadadas ao desaparecimento banal,
Sob a voracidade da ambição infernal.
Ao silêncio forçado das terras e
matas,
Agrega-se o mutismo de vidas pacatas,
Condenadas à antecipada decrepitude,
Longe da ínfima e respeitosa
solicitude.
O domínio nega o necessário respeito,
Do quanto a vida teria o justo
direito,
De ser fruída e ricamente auscultada,
Ao invés de ser friamente maltratada.
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