terça-feira, 21 de junho de 2016

Os pilungos




Ao acompanhar os diários informes,
Dos atos egrégios nada conformes,
Da corte mandante e cambaleante,
Tudo aponta um estado degradante.

Como tantos matungos imprestáveis,
Em inépcia gritante de atos louváveis,
Revelam os meandros dos malganhos,
Hauridos de procedimentos patranhos.

O pior é que ainda crocitam na plebe,
Esnobismo da fartura que os embebe,
E continuam insinuando honestidade,
Quando o seu cotidiano é de maldade.

Qual pilungo a ocupar nobre espaço,
Sem nada se importar com panelaço,
Mesmo matungos, lambem o capim,
Certos da lambança não ter um fim.

Soltam a voz para desviar a atenção,
Dos fatos que moveram sua injunção,
Para insinuar inteireza dos seus atos,
Mesmo afoitos a corvejar desacatos.








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