Se a fé remove montanhas,
E revigora até as entranhas,
Como situá-la numa difusão,
Que foca o ego em profusão?
Muita mensagem encenada,
De moralismos, impregnada,
Alia-se à falácia autoritária,
Para a submissão perdulária.
Importa mais o ego do falante,
E a artimanha impressionante,
Do que a partilha do caminho,
A quem não se ajeita sozinho.
Assim, os sonhos de edificação,
Da vida em dinamizadora ação,
Mofam nas facilidades adiadas,
Sem elã para serem praticadas.
Adora-se o imagético do guru,
Que bate asas mais que urubu,
Para submeter fãs dependentes,
A seus domínios improcedentes.
Apelam a autoritários discursos,
Para obrigar rigor de percursos,
Que apenas submetem os fiéis,
Para seus interesseiros vergéis.
Os deslizes e erros cometidos,
Mais os ocultados e preteridos,
Minam os sonhos acalantados,
E freiam encontros recatados.
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