Quando o que se compra confere valor
etéreo,
Estimula-se o sentimento de pundonor
férreo,
Para mandar mais e ser respeitado nas
ordens,
Mesmo que gestem desencontros e
desordens.
O sentimento de ostentação dos
grandes feitos,
Fruídos e reverenciados como atos
insuspeitos,
Parecem propugnar e exaltar como honradez,
O que o fervor das obras perpetradas
desfez.
Esquece-se, todavia, da execução
alheia da obra,
E o quão pouco que aos súditos
realmente sobra,
Do minguado que no trato insípido
foi imputado,
Aos que não passam do estágio servil e
recatado.
Na beligerante vontade de inusitadas
conquistas,
Sublevam-se sempre nas motivações
benquistas,
Os gestos solidários do comunitário
sentimento,
E a alegria elogiável do cordato
procedimento.
Pelo defeito de tudo centralizar em
si mesmo,
Tantos valores humanos ficam jogados
a esmo,
Porque a adoração do ego
auto-engrandecido,
Deixa muito ser vivente em sufoco
esmaecido.
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