A árvore chamada de “justa conta”,
Impõe-se vigorosa no pouco cerrado,
Que ainda resta e vai tomando conta,
Para alargar um processo inveterado.
A fama pejorativa de ser imprestável,
Que sequer serve para fazer fogueira,
Confere-lhe ainda imagem detestável,
De atrapalhar das estradas toda eira.
Se o nome indica que não vale nada,
Lembra nosso quadro social político,
Virado numa roubalheira desandada,
Que deixa tudo aleijado e paralítico.
Já não encantam pela multiplicidade,
Mas despontam no perverso avanço,
Da apropriação cheia de animosidade,
Que visa alargar seu próprio remanso.
Não merecem sequer minguado salário,
Pela ignóbil ação em favor do
coletivo,
Pois sua justa conta de atos
salafrários,
Não confere ao povo qualquer
lenitivo.
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