quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Poderes exotéricos



Em tempo de excessiva racionalidade,
Eclode por todo lado e com saciedade,
Uma vulgarização de milagre mágico,
Incapaz de romper o fatalismo trágico.

Do apelo ao transe como força divina,
Espertos mediadores delineiam a sina,
De mediar sorte, prosperidade e cura,
A quem, sedento e passivo, os procura.

O fácil apelo ao dote especial haurido,
De particular doação do Deus querido,
Aufere-lhes instâncias bem superiores,
Para borrifar sobre viventes inferiores.

Esmeram-se pelos seguidores devotados,
Que, submissos, obedientes e resignados,
Precisam seguir à risca suas orientações,
Para o alcance das divinas promanações.

Para assegurar o suspense da mediação,
Apontam repetição detalhista de oração,
Como capaz de trilhar o rumo exotérico,
Mas, que os submete ao nível periférico.

Alardeia-se muita pretensão triunfalista,
Enquanto o ar que se respira é fatalista,
E o verdadeiro milagre não é percebido,
E nem revelado por exotérico consabido.




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