quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O mito do superior



As múltiplas culpas insinuadas,
Às imensidões não graduadas,
Incutem no seu status inferior,
Dependência ao que é superior.

Em nome do título acadêmico,
Esconde-se um agir endêmico,
De quem muito pode explorar,
E com argumentação desaforar.

A barganha de agir com direito,
Ignora todo e qualquer respeito,
Ao que é explorado à exaustão,
Sem dó e sem sinal de gratidão.

A maioria vive da miséria alheia,
E escorropicha até sangue da veia,
Para locupletar-se em mais poder,
Que deixa os outros a se escafeder.

Quando o exemplo régio da nação,
Revela uma aguda procrastinação,
Da safadeza de quem foi educado,
Ensina-se que o mentir é o legado.

Ao se gerar um acadêmico saber,
Deixa-se de haurir e de perceber,
Que as virtualidades tão humanas,
Podem tornar santas as profanas.











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