Estiagem que tanto eleva a
temperatura,
Já traz no frontispício pré-cognição
dura:
A dos tempos vindouros sem desdouros,
Ceifando bem antes do tempo os
louros.
Se os ânimos acompanham o estranho
tédio,
Da pane do sistema biológico sem o
remédio,
Como equilibrar o termostato normal
da vida,
Para assegurar alento de bom futuro na
lida?
O mui antigo imagético do aporte
religioso,
Apontou o calor dos infernos ao
desditoso,
Mas, ao racional e secularizado
bom-senso,
A ambição no planeta indica triste dissenso.
Se para os próximos anos são
preconizados,
Notáveis reações de efeitos
descontrolados,
Vem o pânico infernal espalhando o
torpor,
Dos cruéis satãs ingerindo tudo com o
calor.
Desleixada a tradicional concepção
religiosa,
Anda solto o mar da pretensão mui
perigosa,
Que mata bem mais do que o fogo
abrasador,
Pela diabólica maneira do agir
desbravador.
Como as folhas forçadas a cair antes
da hora,
Seres humanos já fenecem pelo mundo
afora,
Antes do ciclo natural da vida, tida
como dom,
E do planeta condenado a estágio nada
bom.
Nem eventual apelo ao frio dos pólos
polares,
Seria suficiente para garantir os
amenos ares,
A latejar tão anelados por mais vida
na Terra,
Enquanto ambição desmedida tudo
emperra.
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