segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Justiça



De idade milenar,
Sempre aquém,
Da vítima refém,
Vive a hibernar.

Favorece a sorte,
Do falso aporte,
Deixa malgrado,
O anseio anelado.

Justiça de quem,
Que só convém,
Ao fautor da lei,
Para a sua grei?

As pobres vítimas,
De dores legítimas,
E, desconsideradas,
Fenecem relegadas.

Sob ética reinante,
Da razão mandante,
Sobra conformismo,
E avança o cinismo.

A medalha da honra,
Do esperto vencedor,
Esconde na desonra,
A vítima em sua dor.

Quando a lei do forte,
Elevar a pobre sorte,
Poderá compaginar:
 Vida nova a augurar.



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