terça-feira, 7 de outubro de 2014

Certezas dogmáticas



A antiga crença da superioridade da razão,
E da sua alta supremacia sobre a biologia,
Engendraram crença de propalada vazão,
De que a fé requeria somente a teologia.

Surgiram deduções das mais categóricas,
A explicar de maneiras inquestionáveis,
Tudo quanto Deus queria com retóricas,
Para enquadramentos pouco abonáveis.

Como a mente humana produz cultura,
E é fruto de meio-ambientes culturais,
Não se pode superar a humana agrura,
Com elucidações teológicas ancestrais.

Certezas dogmáticas bem enrustidas,
Sobre uma procedência não biológica,
Mesmo as culturalmente consentidas,
Vieram dum certo momento de lógica.

Quando certezas dogmáticas emperram,
A animação da vida no seu modo de ser,
Necessita acolher limites que encerram,
Para o humilde diálogo poder arremeter.

Nada precisa ser temido neste processo,
Porque o trajeto do caos para a ascensão,
Não indica nenhum caminho de recesso,
Por que o percurso religioso é redenção.

Se ordem e a desordem estão mescladas,
Não cabe à religião formalismo asséptico,
Mas a efetiva lida com forças desandadas,

Para despertar na vida seu fluxo ascético. 

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