A antiga crença da superioridade da
razão,
E da sua alta supremacia sobre a
biologia,
Engendraram crença de propalada
vazão,
De que a fé requeria somente a
teologia.
Surgiram deduções das mais
categóricas,
A explicar de maneiras inquestionáveis,
Tudo quanto Deus queria com
retóricas,
Para enquadramentos pouco abonáveis.
Como a mente humana produz cultura,
E é fruto de meio-ambientes
culturais,
Não se pode superar a humana agrura,
Com elucidações teológicas
ancestrais.
Certezas dogmáticas bem enrustidas,
Sobre uma procedência não biológica,
Mesmo as culturalmente consentidas,
Vieram dum certo momento de lógica.
Quando certezas dogmáticas emperram,
A animação da vida no seu modo de
ser,
Necessita acolher limites que
encerram,
Para o humilde diálogo poder arremeter.
Nada precisa ser temido neste
processo,
Porque o trajeto do caos para a
ascensão,
Não indica nenhum caminho de recesso,
Por que o percurso religioso é
redenção.
Se ordem e a desordem estão mescladas,
Não cabe à religião formalismo asséptico,
Mas a efetiva lida com forças
desandadas,
Para despertar na vida seu fluxo ascético.
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