terça-feira, 28 de outubro de 2014

Chuva



Tão simples e tão rotineira,
Sabe-se o que dela emana;
Algumas vezes, tão fagueira,
Mas, em outras, ela engana.

Surpreende tantas expectativas,
Por vezes com transbordamento;
Mas enleia a tantos com evasivas,
E deixa-os carentes de um alento.

Na ânsia das suas virtualidades vitais,
Espera a variação imensurável da vida,
Acolhê-la em seus processos seminais,
Para aflorar como beleza enternecida.

No grande milagre da vida que se renova,
E que se engendra de forma sensacional,
Eclode a rica dádiva do quanto se inova,
A complexificar um processo excepcional.

Como a chuva, da Terra, irmã gêmea,
Engendra benéfico processo de ação,
Resulta desta rica relação primigênia,

Belo jardim para a humana condição.

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