sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O mefistofélico



Sarcástico e maldoso,
Falso e muito meloso,
É o homem do poder,
No perverso proceder.

É ladrão bem conhecido,
E, no entanto, protegido,
Pelas lacunas legislativas,
Que venera com evasivas.

Como é rico e poderoso,
Desdenha todo dengoso,
Dos retos que contestam,
Ou desafetos manifestam.

Exige concordância servil,
No proceder nada varonil,
E, sob vasto aporte legal,
Sente-se o prefeito ideal.

Faz dos seus desejos a lei,
Ignorando anseios da grei,
E para assegurar seu poder,
Paga o direito de se eleger.

Como tirano poderoso,
Repercute a fedegoso,
E enquanto desmanda,
A comunidade desanda.


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