segunda-feira, 15 de setembro de 2025

O FAUSTO POLÍTICO

 


Fausto é homem de sabedoria infusa,

Certamente inspirada por uma musa,

Distante do senso crítico e analítico,

Para evidenciar-se como um político.

 

É assecla de canalizadas informações,

Do pensamento único de orientações,

Sob as quais, não existe meio-termo,

Mas somente a solidez de estafermo.

 

Bom correligionário do lado do bem,

Sabe tudo o que aos outros convém,

Porque sua visão superior e dilatada,

É ser universal para qualquer alçada.

 

É sequaz defensor do autoritarismo,

Colocado bem acima do patriotismo,

E contra a democracia participativa,

Eivada de presença esquerda lasciva.

 

Sectário fanático do estado mafioso,

Sabe demonstrar seu poder raivoso,

Com os que não concordam com ele,

Porque são asquerosos inimigos dele.

 

Para o Fausto, não existe negociação,

Nem mesmo proposta para refutação,

Porque é hiper-cínico contra inimigos,

E um defensor implacável dos amigos.

 

Venera outro país mafioso e valente,

Atroz contra toda opinião diferente,

Que explora a fragilidade dos fracos,

Mas promove a astúcia de velhacos.

 

É defensor da caça aos insubmissos,

Para que se sumam em seus enliços,

E encontrem o asilo em outro lugar,

Para não poderem vir a importunar.

 

Fausto se acha o democrata versátil,

Sob a escuderia de uma mente fútil,

Que é a ostensiva e cínica matadora,

E que produz difamação demolidora.

 

Defende atrocidade aos adversários,

Armamento pesado contra corsários,

Para afirmar o controle hegemônico,

Sobre o eventual regime antagônico.

 

Seu entusiasmo pela guerra armada,

Engole seu pouco senso de camarada,

Porque no ciclo do seu ódio cultivado,

Nem vê fome e miséria em algum lado.

 

Fausto herdou um velho preconceito,

Que não apoiar a direita é um defeito,

E que pobre insatisfeito merece ódio,

Sem recurso para deixar de ser ímpio.

 

Assim, Fausto defende poder tirânico,

Porque vê, em tudo, o poder satânico,

Que mediante graça do deus guerreiro,

Deve ser eliminado pelo poder ordeiro.

 

Fausto não percebe tragédia da guerra,

Quer a luta pelo que uma paz emperra,

Pois a pressupõe como a “pax romana”,

Silêncio forçado por uma mente insana.

 

 

 

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