domingo, 14 de setembro de 2025

O FAUSTO PIEDOSO

 

 

Sem nunca ter lido livro de teologia,

É especialista em fanática apologia,

Da prática conservadora de Igreja,

De solução categórica na bandeja.

 

Acha que sabe mais do que Deus,

Opina acerca de humanos corifeus,

E muito fiel na prática de piedades,

Sem afetar as suas arbitrariedades.

 

Para ele, Igreja é somente a antiga,

Ação de Deus contra a ação inimiga,

A firmar na Terra o seu modo de ser,

Para um reino de Deus engrandecer.

 

Trata-se não do reino de Jesus Cristo,

A gestar relacionamento benquisto,

Mas o domínio da sociedade perfeita,

No autoritarismo de refinada espreita.

 

Move-se a combater o diabo maligno,

Que atormenta todo piedoso benigno,

E o tenta na raiz da sua subjetividade,

Par seguir mau caminho da leviandade.

 

No homem determinado e categórico,

Fausto sente-se conversador retórico,

Que sabe orientar as atividades certas,

Para ninguém incidir nas lidas incertas.

 

Vale muito o que avós lhe ensinaram,

E que no caminho certo enveredaram,

Para rigor cotidiano de rezas piedosas,

Garantias para intercessões vigorosas.

 

Sabe explicar os graves erros do Papa,

E daqueles que estudam sem as capas,

Da honraria dos nobres de um tempo,

Porque estão vivendo no contratempo.

 

Feito um bundão protuberante de sofá,

Seleciona programa televisivo de Jeová,

Para saber haurir quanto pode ser feito,

E contornar todo e qualquer mau jeito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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