quarta-feira, 3 de setembro de 2025

BUREOUT

 

 

Até que, enfim, apareceu a doença,

Que faltava como boa recompensa,

Para explicitar a sensação de tédio,

E poder esperar um eficaz remédio.

 

Insuficiência de palavras adequadas,

Perante portuguesas falas cansadas,

Para conotar âmago do que é tédio,

Chegou a palavra inglesa do assédio:

 

Boreout, um termo gracioso e bonito,

Que lava a alma para discurso erudito,

Mais chique do que falar em Rust Out,

Para remeter a cérebro podre em out.

 

Bureout deve ser a virose do Senado,

E da Câmara de tanto bom deputado,

Mental, e, emocionalmente, exausto,

Fisicamente, no agudo limite infausto.

 

Sua fadiga, deixa-os muito distantes,

Dos anseios das situações anelantes,

E por isso o fraco desempenho físico,

Deixa-os em estado mórbido e tísico.

 

Boa parte só consegue pensar anistia,

E sob o quadro febril de tanta carestia,

Vive na agonia de encontrar remédio,

Para não perder cargo que gera tédio.

 

De fato, precisam de prestimosa ajuda,

Diante da lei para outros, que não muda,

Pois, interfere na saúde dos camaradas,

Com as terapêuticas de forças armadas.

 

Já não é mais aquele chazinho da vovó,

Muito eficaz com um sentimento de dó,

Mas, precisa-se fazer alguma coisa boa,

A fim do bureaut receber cura com broa.

 

 

 

 

 

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