quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Fagulhas de esperança



Sob o idealismo de elevados planos,
Emergiram estupefatos desenganos,
Pois, mesmo com os nobres desejos,
Vieram frutos de amargos remelejos.

No outro jeito de pensar a bondade,
Pode ela ver na humana fragilidade,
Um lastro de disfarçado mimetismo,
Distante do fantasiado romantismo.

Com tantas humilhações e desacatos,
Presentes nos gestos bons e pacatos,
Torna-se evidente que o mundo real,
É bem mais contundente que o ideal.

Preceito religioso pouco prestigiado,
Aponta o perdão como valor sagrado,
Para não repetir a círculo da vingança,
Porque arruína toda a boa esperança.

Mais fácil é integrar uma humilhação,
Do que ser o fautor de agressiva ação,
Pois, o desrespeito do ato impetrado,
Gesta um círculo vicioso desregrado.

Nos sinais gratuitos de boa acolhida,
Renascem forças da energia tolhida,
Que realizam na pequenez da alma,
Milagres para propiciar vida calma.





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