Encantadora como as tulipas das
montanhas,
Cativas e persuades até mesmo as
entranhas,
E na rara sutileza da cor escarlate
chamativa,
Deleitas num cenário de pouca coisa
atrativa.
Sequer sei se com as tulipas tens
parentesco,
Mas me seduzes muito mais que um
afresco,
E sua beleza encantadora muda meu
humor,
Além de acossar o meu sentimento de
amor.
Surpreende-me que não foste
abocanhada,
Pelos dentes vorazes de alimária
esfaimada,
Que poderia ter interrompido o ciclo
de vida,
Sem que sementes perpetrassem a
sobrevida.
Estás aqui em lugar tão ermo do
descampado,
Para encantar algum olhar perdido no
relvado,
E assim me dás a indizível e
prazerosa ocasião,
Do sentir afetivo cheio de inusitada
motivação.
Na memória desta mais singela força
sedutora,
Apontas grandeza da sua ação
transformadora,
Pois soldas os sentimentos de uma
irmandade,
Que me insere num mistério de
grandiosidade.
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