quarta-feira, 6 de julho de 2016

Tulipa do cerrado



Encantadora como as tulipas das montanhas,
Cativas e persuades até mesmo as entranhas,
E na rara sutileza da cor escarlate chamativa,
Deleitas num cenário de pouca coisa atrativa.

Sequer sei se com as tulipas tens parentesco,
Mas me seduzes muito mais que um afresco,
E sua beleza encantadora muda meu humor,
Além de acossar o meu sentimento de amor.

Surpreende-me que não foste abocanhada,
Pelos dentes vorazes de alimária esfaimada,
Que poderia ter interrompido o ciclo de vida,
Sem que sementes perpetrassem a sobrevida.

Estás aqui em lugar tão ermo do descampado,
Para encantar algum olhar perdido no relvado,
E assim me dás a indizível e prazerosa ocasião,
Do sentir afetivo cheio de inusitada motivação.

Na memória desta mais singela força sedutora,
Apontas grandeza da sua ação transformadora,
Pois soldas os sentimentos de uma irmandade,
Que me insere num mistério de grandiosidade.










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