quinta-feira, 14 de julho de 2016

Alvura da cor



Fruto do ambiente humano mais branco do país,
Sacode-se o pobre vivente neste vale do Parecis,
Acossado por espantoso calor e pouco oxigênio,
E com cauterizações da aplicação de nitrogênio.

Limitado pela ancestralidade de minguado sol,
Não consegue imiscuir-se do fadado e duro rol,
Das ceratoses actínicas que teimam em voltar,
E com as sorrateiras ameaças de tudo revoltar.

Trabalham silenciosamente sob o sol causticante,
E alastram de soslaio o seu projeto mirabolante,
De tomar conta do corpo onde se estabeleceram,
Para desfrutar e usufruir do lugar que escolheram.

Na briga dos anticorpos que se opõem à invasão,
Necessita o pobre vivente da especial persuasão,
Do controle emocional para assegurar resistência,
E assegurar bom prolongamento à sua existência.

Enquanto o embate gera momentos de incerteza,
Balança o humor da melhor e motivada inteireza,
E as apreciadas sombras, diminuídas na extensão,

Autorizam irradiar na pele as dores em profusão.

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