Uma produzida necessidade de
aparência,
Escancara uma extraordinária
indecência,
Que, sob o sepultamento frívolo da
ética,
Estabelece o venerado jardim da
estética.
Importa a imagem e a sugestiva
roupagem,
Para encobrir os interesses e a
sacanagem,
Com o fito de alargar honra de muita
fama,
E um império de alucinações para a
cama.
Na suposição de que a fama aufere
direitos,
De perpetrar fantasias com crassos
defeitos,
Procrastina-se no abuso de trato
elementar,
Da coisificação de outros só para se
alentar.
Da semelhança com a ancestralidade
animal,
Renova-se um pressuposto de efeito
abismal,
De desfazer o nome e a fama do
concorrente,
A fim de estratificar-se no topo do
precedente.
Constatada como caminho exotérico ao
poder,
A fama insensibiliza e põe tudo a se
escafeder,
Pois visa tornar-se visível na elevada
aparência,
Sem modificar o real quadro de
incompetência.
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