Na contramão da sofrida carência,
Sempre se avista uma clemência,
Disposta a afugentar o sofrimento,
Com o mais atencioso sentimento.
No desvelo da disposição bondosa,
Geralmente sobressai bem vistosa,
Expectativa de fruição interesseira,
Sob
uma farta bajulação lisonjeira.
A sofrência apenas parece sossegar,
Para o amor finalmente se propagar,
E já aparece cheio de mil artimanhas,
A frustrar os sonhos até as
entranhas.
O esperado complemento da carência,
Deixa ainda mais enrustida a sofrência,
E longe de afugentar os maus agouros,
Revela os interesses nada duradouros.
Sobra, enfim, a lida ainda mais
pesada,
Para integrar a aposta tão
espezinhada,
Que não preencheu nenhuma carência,
E ludibriou na fantasia da
contingência.
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