sexta-feira, 26 de junho de 2015

Ecologia humana



Numerosas organizações,
Espalhadas pelas nações,
Gastam dinheiro e saliva,
Pela fauna e a flora viva.

Menos dedicação recebe,
Quem é da humana plebe,
Pois, o deus do mercado,
Nega o seu vasto legado.

Importa o brilho reluzente,
Mesmo que seja indecente,
Da apropriação exaustiva,
E, da aparência obsessiva.

Tantos humanos fadados,
A morrer mudos e calados,
Sem sequer mamar o leite,
E sem uma voz que deleite!

Outros relegados à inanição,
Vítimas de tanta espoliação,
Sequer podem saciar a fome,
E inalam torpor que consome.

Fadados para desaparecer,
Nada conseguem arrefecer,
Ante ricas elites insensíveis,
Que geram tantos desníveis.

Menos amados que animais,
E, negadas porções frugais,
Precisam comprar atenção,
Na cruel crise de contenção.

O planeta seja necessário,
Sem apanágio temerário,
E que humanos negados,
Deixem de ser ignorados.





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