sexta-feira, 5 de junho de 2015

O novo profeta



Na dança do ritmo difícil de ser dançado,
Está o velho homem, vigoroso e simpático,
Surpreendendo e interpelando o cansado,
Para ir além do seu procedimento apático.

Quer que ninguém se limite a ser bajulado,
Nem fique príncipe, sobre honra assentado,
Mas, do evangelho um dinâmico missionário,
Para ser o porta-voz de um conhecido ideário.

Aos que já foram formados para nobreza,
Seu gingado deve acontecer na pobreza,
Para ajudar periferias existenciais da vida,
A participarem do centro da humana lida.

Para os tantos aferrados às suas vantagens,
Que não se dispõem para renovadas aragens,
Não sustenta a escora do falso corporativismo,
E nem o refúgio no confortável burocratismo.

A dança do profeta também requer alegria,
Que nada tem a ver com a falaciosa euforia,
E tampouco com tom fúnebre do cemitério,
Que desafina toda harmonização do saltério.

A dança do profeta aponta um referencial,
Não o de um êxito econômico exponencial,
Mas o do humanitário e respeitoso diálogo,
Para reavivar os efeitos do antigo decálogo.




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