Tantas são as humanas leis,
Que não melhoram as greis,
Mas favorecem os autores,
E os pretensos aplicadores.
Feitas para obter vantagem,
Facilitam ampla chantagem,
Para que sejam observadas,
Mesmo sendo indesejadas.
Querem estabelecer ordem,
Apesar do fito da desordem,
Para garantir os privilégios,
E os intentos nada egrégios.
No desvario do legalismo,
Levam outros ao abismo,
Com o constrangimento,
De mordaz atrevimento.
Observá-las para perder,
E facilitar espúrio poder,
Distancia reta igualdade,
E alarga vil deslealdade.
Se destituídas de justiça,
As leis indicam a cobiça,
E sem promover a vida,
Causam lida denegrida.
Sem o espírito do dever,
Fenece todo enternecer,
Movedor de compaixão,
Da grandeza do coração.
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