quinta-feira, 11 de junho de 2015

Bondade



Na ausência de bons referenciais éticos,
Quando já nem atraem versos poéticos,
Aponta-se o ideal sufocante da riqueza,
Como único a expandir atraente beleza.

Na obsessão de posse que engole o vital,
Morre todo egrégio campo sentimental,
E o bom, sem o procedimento virtuoso,
Anula a potencialidade de ser generoso.

Da linguagem do coração acima da lei,
Ficou só uma saudade da humana grei,
Capaz de superar os perfis mesquinhos,
Dos obstinados em ser felizes sozinhos.

Como é bom ainda saudar perseverantes,
Que revelam firmeza diante dos errantes,
E não sucumbem nas provações adversas,
Pois a solidez lhes aponta luzes diversas.

Quando o bom ainda enseja no virtuoso,
O segredo que o deixa mais harmonioso,
Continuamos a sonhar com tal referente,

Capaz de perscrutar rumo mais decente.

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