Na ausência de bons referenciais
éticos,
Quando já nem atraem versos poéticos,
Aponta-se o ideal sufocante da
riqueza,
Como único a expandir atraente
beleza.
Na obsessão de posse que engole o
vital,
Morre todo egrégio campo sentimental,
E o bom, sem o procedimento virtuoso,
Anula a potencialidade de ser
generoso.
Da linguagem do coração acima da lei,
Ficou só uma saudade da humana grei,
Capaz de superar os perfis
mesquinhos,
Dos obstinados em ser felizes
sozinhos.
Como é bom ainda saudar perseverantes,
Que revelam firmeza diante dos
errantes,
E não sucumbem nas provações adversas,
Pois a solidez lhes aponta luzes
diversas.
Quando o bom ainda enseja no
virtuoso,
O segredo que o deixa mais
harmonioso,
Continuamos a sonhar com tal referente,
Capaz de perscrutar rumo mais
decente.
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