No jogo do ar, requebrado pela
lingueta,
Emergem os signos da linguagem
careta,
E na extrapolação da função
mensageira,
Entra no ar uma vasta falação linguareira.
Quando o exterior povoa a
interioridade,
Imperceptível se torna qualquer maldade,
Mas a maledicência se torna
linguaruda,
E rola bem mais que negociação
parruda.
Quando a mentira passa a ser
assimilada,
Como justa encobridora da ação
velada,
Permite justificar toda conduta
maldosa,
E escarnece de qualquer ação bondosa.
Na busca de sustentáculo mais
decente,
O ideal de antiga sociedade
decadente,
Aponta o conhecer-se como importante,
Para erradicar estúpida guerra
diletante.
Na decência das linguagens do coração,
Recria-se o antídoto de tanta
confusão,
Que enleva a singeleza da
honestidade,
Ao reluzente e fúlvido ar de
santidade.
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