quinta-feira, 18 de junho de 2015

O fulcro da lida



No jogo do ar, requebrado pela lingueta,
Emergem os signos da linguagem careta,
E na extrapolação da função mensageira,
Entra no ar uma vasta falação linguareira.

Quando o exterior povoa a interioridade,
Imperceptível se torna qualquer maldade,
Mas a maledicência se torna linguaruda,
E rola bem mais que negociação parruda.

Quando a mentira passa a ser assimilada,
Como justa encobridora da ação velada,
Permite justificar toda conduta maldosa,
E escarnece de qualquer ação bondosa.

Na busca de sustentáculo mais decente,
O ideal de antiga sociedade decadente,
Aponta o conhecer-se como importante,
Para erradicar estúpida guerra diletante.

Na decência das linguagens do coração,
Recria-se o antídoto de tanta confusão,
Que enleva a singeleza da honestidade,
Ao reluzente e fúlvido ar de santidade.









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