Quando educação aponta para fúria,
E se constitui em mediação espúria,
Para alimentar os ódios ideológicos,
Eliminam-se os valores pedagógicos.
Pouco importa a cultura acumulada,
Nem mesmo a sabedoria encantada,
Mas, formatação de sujeitos rígidos,
De sentimentos enérgicos e frígidos.
Na pirâmide das estratificações
sociais,
A ascensão depende de pontos
cruciais,
Que ficam distantes da lealdade
cordial,
E da honestidade para respeito
exordial.
Importam músculos, marchas e destreza,
E rígidas posturas dominadoras de
crueza,
Para submeter outros a interesse
pessoal,
E firmar-se em superioridade
exponencial.
Adora-se a idolatria de heróis
vencedores,
Destes midiáticos e espertos
espoliadores,
Feitos para serem adorados e
consumidos,
E povoar mentes dos submissos
enrustidos.
Educados para o pobre pensamento
único,
Só aprendem a enxergar o ato
antagônico,
Para mover-se na fúria zangada e
homicida,
Que enaltece um gênio doido e
desvairado,
A gerar confrontações de ódio
exacerbado.
Nem hipótese de perder ou sair
magoado,
Menos ainda, perdoar um ódio
apregoado,
Pois apenas interessa o heroísmo
vencedor,
Que com fúria se apresenta um
dominador.
No lugar do respeito e da valiosa
bondade,
Reina bajulação sem mínima
reciprocidade,
Fitando mortalidade mais do que o
desvelo,
E,
por isso, se espalha o adoentado modelo.
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