quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

COMEDORES DE CÉREBRO

 

 

A ameba Naegleria Fowleri prospera,

Age no cérebro com força de quimera,

E produz meningoencefalite amebiana,

Com a voracidade compulsiva e tirana.

 

Vinda da água doce, seu habitat natural,

Encontra atraente caminho na via nasal,

Para alcançar o vasto reino de consumo,

Desta massa encefálica sem desaprumo.

 

Outro processo similar a comer cérebro,

Que o deixa delimitado e sem requebro,

Constitui o da atual educação espartana,

E que produz uma deficiência doidivana.

 

A antiga Atenas conciliava corpo e mente,

Já a espartana apontava o corpo valente,

Da educação militarista rígida e rigorosa,

Para suposta atividade guerreira gloriosa.

 

Ainda que almejasse a boa convivência,

Fitava a coragem, disciplina e violência,

Capaz de defender interesse de Esparta,

Com lealdade às regras da ordem farta.

 

Boa suposição de espírito comunitário,

Movia-se por um pensamento unitário,

Do “nós” contra adversários e inimigos,

E para eles, aplicação de duros castigos.

 

Caráter militarista da ação educadora,

Fazia cérebros visar ação norteadora,

Para perseguir e eliminar os inimigos,

E sempre proteger afeiçoados amigos.

 

Aqueles valores culturais tão antigos,

Cultivavam cérebros ocos e postigos,

Do ideal único do matar e do morrer,

Para seus chefes militares enaltecer.

 

Sob o Ethos do homem bom soldado,

E da mulher parideira para amoldado,

Esvaiu-se o elã da dignidade humana,

Para fruir da cordialidade que irmana.

 

Enquanto o ideal nobre é ser soldado,

Inútil é sonhar com mundo bem dado,

Onde a cortesia com a alegre emoção,

Dão gosto para respeito em expansão.

 

 

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