quarta-feira, 16 de março de 2016

O fascínio pelo poder



Neste traço tão genial da condição humana,
Capaz de articulação edificante e desumana,
Entrelaçam-se tão infindáveis configurações,
Sob o intento dos desejos de transformações.

As oportunidades de poder abrem mundos,
E movem disputas e embates bem iracundos,
E mais do que da sorte dependem de pactos,
E de alianças insinuantes para gerir impactos.

Se algo invocativo do sedutor fascínio político,
Produz tanto desconforto no meneio sinclítico,
É porque as bajulações mentirosas encantam,
E buscas de prestígio o mau humor espantam.

Muito difícil é chegar ao poder com senso ético,
E ser mais translúcido do que o engodo estético,
Para viabilizar uma atividade política mais justa,
E bem menos amarga do que esta que se degusta.

Se tantas pessoas obedecem movidas por medos,
Outras extrapolam apelando aos nobres segredos,
 Obcecados pelo sonho dos antigos reis absolutistas,
Na condição de agir para os nobres ares estadistas.

Enquanto muitas táticas de diplomacia e de intriga,
Estimulam o clima diário duma verborrágica briga,
Permitem aos políticos ignorar as classes exploradas,
E afoitos locupletar-se com as regalias conquistadas.







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