Expelido de um útero e jogado ao
mundo,
Não escapou de um básico traço
imundo,
Da socialização num ambiente
agressivo,
Sem meneios de sentimento compassivo.
Na árdua adaptação ao código
simbólico,
Tudo foi nada romântico e nem
bucólico,
Mas, na lei da selva social, a força
física,
Alargou-se para além da condição
tísica.
Amparado na força para impor seu
lugar,
Conseguiu afirmar-se e a outros
subjugar,
Com as alianças de retaguarda e
proteção,
Para não morrer subsumido pela rejeição.
No dia-a-dia da vida nada isenta a
dureza,
Da disputa frenética sem nenhuma
moleza,
Para assegurar um minguado lugar no
rol,
E não perecer neste universo do
cálido sol.
No brogunciado mundo das incontáveis
leis,
Todos querem sobressair-se sobre as
greis,
Para melhor reserva de espaço e
proteção,
Mesmo que implique em alheia
humilhação.
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