sexta-feira, 11 de março de 2016

Esperanças frágeis




Quando o Estado e as instituições tradicionais,
Escancaram contradições muito descomunais,
Engolem as minúsculas esperanças do porvir,
E impedem que desejados dias possam advir.

Falar em libertação soa como algo dissonante,
E diabólico para quem exerce função reinante,
Pois ainda que a legislação cerceia quase tudo,
Facilita aos legisladores um patamar topetudo.

Pensam e implantam as leis para suas vantagens,
Sem dó e compaixão dos que ficam sem aragens,
E ratificam uma caduca e injusta condição social,
Sob o pretexto de qualidade humana exponencial.

Se tantas coisas estão exaurindo boas motivações,
Por que não se embrenhar na busca de inovações,
Que pelo menos reanimem a sôfrega humanidade,
Para que elabore orientações com mais equidade.

A morte do sonho capitalista revela-se evidente,
E ainda coisifica tudo de forma sem precedente,
Que já não permite sonhar para além da agrura,
Deste tempo com tão pouca bondade e ternura.





Nenhum comentário:

Postar um comentário

<center>ERA DIGITAL E DESCARTABILIDADE</center>

    Criativa e super-rápida na inovação, A era digital facilita a vida e a ação, Mas enfraquece relacionamentos, E produz humanos em...