Mesmo ocultado nas palavras das
frases,
E suposto nas vírgulas, pontos e nas
crases,
Vejo um pano preto ornado de
badulaques,
A tentar esconder um vivente de
achaques.
Conseguiu ludibriar e esconder os
intentos,
Dos seus objetivos e reais planos
portentos,
De abeirar-se do seleto patamar da
nobreza,
E para refestelar-se na principesca
grandeza.
Ungido para serviço de grandioso
burburinho,
Encontrou na asséptica alvura de um
colarinho,
O ocultamento dissuadido de conduta
perversa,
Disfarçada até na beata meiguice da
conversa.
Sob o ar angelical da lisura de uma
veste sagrada,
Subjaz a ocultada motivação que tanto
o degrada:
Valer-se de todos os meios que possam
viabilizar,
O que suas fantasias orgiásticas
permitem exalçar.
Sob o real ocultado consegue no apelo
moralista,
Produzir um imagético
exotérico-sensacionalista,
E prender-se a brogunciado e
litúrgico rubricismo,
Como sendo a mais lídima essência do
cristianismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário