Das medievais máscaras encobridoras,
Que facilitavam críticas
desalentadoras,
Para a correção social em seus
defeitos,
Sobrou a memória dos saudáveis
efeitos.
Se a mídia esvaziou a correção
fraterna,
E passou a enaltecer a folia de
baderna,
Quem ainda poderia fazer crítica
social,
Sem sofrer um revide ferrenho e
abissal?
Quando a máscara desnuda a
exploração,
Da venda do imagético para a
distração,
Perde-se um histórico e nobre
significado,
Do humor a serviço de um melhor
legado.
A semi-nudez como crítica do corpo
negado,
Foi transformada num produto de
mercado,
Para ocupar e distrair passivos espectadores,
Já sem consciência e sem motivos
delatores.
O carnaval enlatado como produto de
venda,
Virou catarse da diária e incessante
contenda,
Que já não permite harmonizar
desencontros,
E nem tecer estáveis e prolongados
encontros.
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