quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Nobreza sedutora



Passado o tempo da fidalguia de ilustre procedência,
E da vida notável pela simples raiz de descendência,
Veio a mídia eletrônica apontar uma vida rica e feliz,
Ao alcance de toda pessoa humana, mesmo a infeliz.

No consumo associado à fácil elevação magnânime,
Alargou-se desejo de prazerosa felicidade longânime,
Peculiar da regalia e majestade de um caráter nobre,
Para suplantar quaisquer resquícios da vida de pobre.

Nada mais sedutor do que o caminho da corrupção,
Que permite seletas famílias de sorrateira ocultação,
E já livres da enlevada cor da pele e condição social,
Podem fruir e desfrutar de forma nada convencional.

Afinidade dos interesses, no rol propício da ambição,
Constituirá a articulação das famílias na premonição,
De que tudo podem fazer em sua presumida nobreza,
Mesmo ao preço de apropriação indevida e esperteza.

Regras são somente estratégias para alcançar metas,
Que assegurem a nova fidalguia nas veredas secretas, 
Para inviabilizar aos demais, o alcance da sua realeza,
E induzi-los a suportar o surrupiado mundo de alteza.





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