quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Tecnologia



Constituída em honrosa precedência,
Supre tanta humana incompetência,
Mas, também mata de forma cruel,
As condições da vida em seu vergel.

Ambígua nos efeitos que proporciona,
Mas feita paradigma que impressiona,
Sua afoiteza na insaciável apropriação,
Domina tudo para uma transformação.

Na unidirecionalidade de tudo mudar,
Tudo quanto se consegue desvendar,
É apropriada para saciar os intentos,
Mesmo com envenenados proventos.

O encanto pelo infinito crescimento,
Exaure todas as fontes de sustento,
Para que uns esbanjem em excesso,
Outros morrem de modo pregresso.

Ao se aliar à economia e à política,
A tecnologia persuade na analítica,
De que as condições tão desiguais,
São fenômenos meramente naturais.

Se o desejo de lucro tudo coisifica,
Nenhum valor humano se verifica,
Na escassez de tantos ambientes,
E nas tantas situações deficientes.




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