terça-feira, 8 de setembro de 2015

Recurso religioso



Quando o suposto acesso ao Espírito Santo,
Relega o Reino de Deus proposto por Jesus,
Mata-se a comunidade em qualquer canto,
Para enaltecer o poder subjetivo que seduz.

Longe da mediação da comunidade com Cristo,
E da comunhão eclesial de efetivo discipulado,
O horizonte do ambiente caridoso e benquisto,
Esmorece num casuísmo moral e generalizado.

Dilui-se a importante noção da pertença eclesial,
Para enaltecer a força corporativista dos grupos,
Que exploram a vinculação somente emocional,
E deixam a noção do Reino em dispersos apupos.

Reina, então, vasto ego da autorreferencialidade,
Que leva ao descaso a centralidade do querigma,
E ratifica superados formalismos de remota idade,
Para salientar o poder pessoal sobre todo estigma.

Perde-se o insinuante apelo pela descentralização,
Pois, ao invés de promover o encontro com Jesus,
Importa o persuadir para a seletiva incorporação,
Que ao seu imagético de bela aparência conduz.



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