sábado, 12 de setembro de 2015

Alma gêmea



Tão parecida e tão similar à de gente sofrida,
Transluzes, oh Terra, imagem tão denegrida,
Mas tu lembras minha essência vulnerável,
Com teu rosto a expressar uma dor inefável.

Ao passar por um namoro falso e enganador,
Do humano perverso a relegar tamanha dor,
Estás como tantos pobres traídos e logrados,
Sobrevivendo no torpor de tristes relegados.

Como ainda consegues nas flores sensibilizar,
Lampejos da esperança capazes de revitalizar,
Que os estragos indeléveis refletidos no visual,
Não desfigurem seu corpo do paraíso colossal.

Com a dor da alma de tantos seres e animais,
A minha é ferida em tantos processos vitais,
E já pobre em sua capacidade de se rejubilar,
Ainda reluta para não ferir e nem te obnubilar.

Nosso parentesco, longe do romantismo vil,
Envolve grandeza ímpar de essência varonil,
                      E potencializa todo mimo que te engrandece,
E ainda efetiva o fino trato que te restabelece.








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